Ciclo de Recife
Além do eixo Rio-São Paulo, as capitais de Pernambuco, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais também começam a produzir. Nascem assim novas produtoras como: Aurora Film, Vera Cruz-Film, Planeta-Film, Veneza-Film e a Olinda-Film.
Em Pernambuco, a história foi marcada pelo Ciclo do Recife, um dos mais importantes e mais movimentados do cinema mudo regionalista, durando cerca de nove anos. Reuniu inúmeros jovens, de diversas categorias profissionais, que dividiam o tempo entre a profissão e a arte de fazer cinema.
Os integrantes da Aurora-Film, apesar das dificuldades financeiras decorrentes do filme “Aitaré da Praia”, partiram para o mais ambicioso dos filmes do Ciclo do Recife, “A Filha do Advogado”, que estreou em 1926 e tinha duração de 92 minutos. O roteiro foi de Ary Severo e a direção de Jota Soares, no elenco estavam além do próprio diretor personagens como Guiomar Teixeira, Euclides Jardim, Norberto Teixeira, Olíria Salgado, Ferreira Castro, Jasmelina de Oliveira e Severino Steves. O filme chegou a ser exibido no Rio, mas as dívidas com a produção foram imensas e a Aurora-Film foi à falência pela segunda vez.