Coisas Nossas (1931)
O primeiro longa brasileiro realizado através do “único sistema verdadeiro” de filme sonorizado. Musical inspirado nas produções de Hollywood, apresentando aspectos de um Brasil dos anos 20 e início dos 30. Satiriza alguns conflitos urbanos: dois amigos, após uma discussão, decidem fazer juntos uma serenata para uma namorada em comum, mas acabam trocando tapas durante os preparativos, depois de um trapacear o outro. Um bêbado é encarregado de cortar o cabelo do filho de um cliente em uma barbearia, enquanto o cliente e o dono do estabelecimento conversam sobre a vida: a situação termina em grande confusão pelo péssimo serviço feito na cabeça do menino. Dois compadres se encontram para conversar e contar uns “causos” depois de um deles ter sido impedido de tocar suas músicas no hotel onde se hospedava, na cidade. Também é tratada a condição do negro escravo. (Resumo a partir de descrição da trilha sonora original, in: AJP/CN-VPMB)
Lara, Zezé
Redondo, Jaime
Cunha, Corita
Paraguaçu
Procópio Ferreira
Macedo, Stefania
Oliveira, José
Carvalho, Helena Pinto de
Gaó
Arruda, Sebastião
Calazans e Rangel
Pilé
Batista Jr.
Pascuma, Arnaldo
Tavares, Napoleão
Zezinho
Biolo, Nenê
Piolin
Camargo, Alzirinha
Por trás dos filmes, além dos atores, dos figurinos, das câmeras, da arte, do som e de outros elementos mais facilmente perceptíveis na construção qualquer longa metragem, há também um verdadeiro exército de profissionais dedicados a viabilizar cada detalhe do intrincado quebra-cabeça artístico, operacional, logístico e financeiro da produção audiovisual.
Veja logo abaixo a equipe técnica de Coisas Nossas (1931) que o portal História do Cinema Brasileiro pesquisou e agora disponibiliza aqui para você:
Direção: Wallace Downey
Produção: Wallace Downey
Câmera: Lustig, Rodolfo; Kemeny, Adalberto
Sonografia: Moacyr Fenelon
Companhia Produtora: Byington e Cia.
Livros:
Internet:
HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO. ///
Fontes utilizadas:
MRG/CCP
JCB/OESP
Cinearte
A Scena Muda, n. 558, 01.12.1931
JCB/Chan
CEPA/CBCP, citando Gazeta do Povo, Curitiba, 20, 24 e 25.02.1932 e de 23.06.1932
JRT/MPTC
ABL/FEC, p.433
AJP/CN-VPMB
Fontes consultadas:
AV/ICB
ACPJ/I
CS/FCB
ACPJ/75
ACPJ/CB: 1906-1968
JN/Imigrantes – Americanos I
Observações:
Sessão para a imprensa a 21.11.1931, no Rosário.
JN/Imigrantes – Americanos I informa que Downey “usou o equipamento dos discos Columbia (…)”.
CEPA/CBCP informa que trata-se do “primeiro filme brasileiro no sistema Vitafone”, e citando Gazeta do Povo de 23.06.1932 acrescenta “(…) produção sonora, cantada e dansada (…)”.
CS/FCB informa que a fita era “totalmente falada” sem especificar o processo; Cinearte, 18.11.1931, indica “primeiro filme filmado e gravado ao mesmo tempo no Brasil”, sem tampouco especificar o processo técnico.
A Scena Muda informa tratar-se do “1§ film fallado e cantado por brazileiros, feito no Brazil (…)”.
JCB/Chan comenta: Inaugura no Brasil o filme revista e marca o início do relacionamento rádio-cinema, tornando-se pioneiro de um filão importante que se desenvolveria nos anos 30 no Rio de Janeiro.
Crítica negativa em Cinearte, 15.09.1933.
ACPJ/I informa direção e argumento de
Cinearte, 16.12.1931, acrescenta ao elenco
A Scena Muda, 01.12.1931, acrescenta a participação do Jazz da Columbia e
CEPA/CBCP escreve, citando Gazeta do Povo de 24.02.1932, (…) grandiosa revista nacional filmada pela Casa Byington e Cia., de São Paulo. COISAS NOSSAS, genero Paramount em ‘grande gala’, em que tomam parte os melhores artistas do palco brasileiro (…).
JCB/Chan informa que
ACPJ/75 e ACPJ/CB: 1906-1968 indicam
Conforme JN/Imigrantes – Americanos I, a câmara Bell-Howell, de
AJP/CN-VPMB informa: câmeras Bell e How tipo sonoro; lâmpadas para internos Kgiels-Bross e Filme Pancromático Dupont.
Fotografias: Cinearte, 28.10 e 02.12.1931; Diário Nacional: 22.11.1931; A Scena Muda, 01.12.1931; JN/Imigrantes – Americanos I; JN/Imigrantes – Húngaros I.
Ilustrações: O Estado de São Paulo, 08.11 e 17.12.1931.