Lázaro Faria
Lázaro Raimundo Faria, em arte mais conhecido como Lázaro Faria, é um diretor de fotografia brasileiro nascido em Lambari (MG) em 08 de dezembro de 1956.
Iniciou sua carreira como produtor de rádio, cinema e televisão em Belo Horizonte.
Mudou-se para a Bahia em 1976. Dirigiu e fotografou seu primeiro filme em 1977, o curta Arembepe e não para mais, constituindo sólida filmografia, quase sempre com temas ligados a cultura afro, uma especialidade sua, sendo hoje profundo conhecedor do espírito do povo baiano.
No cinema publicitário, destacou-se como RTVC em importantes agências, como a Divisão, primeira agência do importante publicitário Sergio Amado e Sydney Resende, e na Norton Propaganda do saudoso Geraldo Alonso e a Propeg de Rodrigo Sá Menezes, dirigindo mais de mil comerciais para clientes importantes como Correios e Telégrafos, Governo da Bahia e de Pernambuco, Fundação Roberto Marinho, etc. Recebeu muitos prêmios ao longo de sua carreira, destacando-se o Prêmio Profissionais do Ano, da Rede Globo, em 1988, 1989 e 1990, Prêmio Colunistas e sendo indicado também para Cannes onde ganha o Leão de Ouro.
Em 1989, dirigiu a fotografia do média O Superoutro, aclamado como o último filme do Cinema Novo e em seguida participa da produção e faz a direção de fotografia aérea do filme Baile Perfumado. Produz, dirige e fotografa, em 2000, na bitola 16mm, a série Orixás da Bahia, sobre os mais importantes Orixás do Candomblé, veiculada na TVE e TVs a cabo internacionais.
Seu primeiro longa, Cidade das Mulheres (2005), trata a vida das mulheres de terreiro da Bahia conhecidas por mulheres do partido alto. O filme ganha o prêmio Tatu de Ouro de melhor filme da 32 Jornada de Cinema da Bahia e Prêmio BNB de melhor documentário.
Atualmente, está envolvido com a produção de Maracas, primeiro filme de ficção sobre Carmen Miranda, do filme Dois de Julho a Guerra da Independência da Bahia e do Projeto Roda do Mundo, com previsão de filmagens em mais de 20 países onde chegou a capoeira, além de produzir o Bahia Afro Film Festival, que acontece todos os anos em Cachoeira.
Filmografia: 1977- Arembepe (CM); 1978- Ilha da Maré (CM); 1979- Futebol na Praia (CM); 1980- A Comunidade no Poder (CM); 1981- O Cometa Harley (CM); 1982- Lágrima de Crocodilo (CM); 1983- Minha Vó em Pituaçu (CM); Anjos e Demônios (CM); 1986- Ecologia e o Polo Petroquímico de Camaçary (CM); 1988Centenário da Abolição (CM); 1989- O Superoutro (MM) (fot.); 1992-Cosme e Damião (CM); Ya Omi Karodo (CM); 1994-Mensageiro (CM); 1998- Satytananda (CM); 2000-O Segredo do Faraó (CM); Orixás da Bahia (CM); 2001-Lua Violada (CM) (fot.); Moacir de Ogum (CM); Amazonias (CM); 2002-Mãe Bida (CM); 2003-Okaronjé (CM); O Corneteiro Lopes (CM) (dir.); 2005- Cidade das Mulheres (dir., fot.) (cofot. Maoma Faria); Mandinga em Manhattan (MM) (dir., fot.) (cofot. Maoma Faria); 2006-Seu Mané Quem Quer e o Demo (CM); 2007-A Psicanálise e o Filme (CM); 2008- O Negro e o Cinema (CM); 2009-Mandinga en Colombia (MM); 2010- Saudação.
Livros:
SILVA NETO, Antônio Leão da. Dicionário de Fotógrafos do Cinema Brasileiro. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2011.
Internet:
HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO. http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/lazaro-faria/