Marisa Prado (1932-1982)
Olga Costenaro, em arte conhecida como Marisa Prado, foi uma atriz brasileira nascida em Araçatuba (SP) no dia 26 de dezembro de 1930.
Mudou-se ainda criança para São Bernardo do Campo (SP) e começaou a trabalhar para ajudar em casa. Era adolescente e operária quando a Cia. Cinematográfica Vera Cruz ali se estabeleceu. Empregou-se na montagem de filmes e foi descoberta por Abílio Pereira de Almeida quando cortava celulóides. Sua beleza logo chama a atenção do cineasta, que a leva para fazer um teste.
Estreou no filme Terra é Sempre Terra (1951) e ganha o Prêmio Saci de Melhor Atriz e virou estrela com o nome artístico de Marisa Prado. Faz outros filmes na Companhia, de igual sucesso, o maior deles O Cangaceiro (1953), ficando conhecida internacionalmente.
Em 1954, participou de um episódio da série Alô Doçura, ao lado de Mário Sérgio, sua única incursão na televisão.
Fez Tico-Tico no Fubá no ano seguinte, preparando-se para a Palma de Ouro de Cannes, que veio com O Cangaceiro em 1953.
Já era então conhecida internacionalmente quando filmou Candinho (1954) com Mazzaropi, antes de aceitar convite para se transferir para o cinema espanhol, aproveitando o momento do final de um curto casamento com o cineasta Fernando de Barros. Seu primeiro filme, Orgulho, redeu-lhe o prêmio de melhor atriz estrangeira, seguindo-se mais uma dezena de filmes em Portugal, no México e em Cuba.
Em 1958, fez Uma Chica de Chicago e conheceu Jaime Menasce, embaixador cubano em Paris, com quem se casou, passando a viver na França e abandonando o cinema.
Em uma temporada em Monte Carlo, se envolveu com um milionário libanês, o Conde Charles Gabriel de Chedid, e acabou se casando com ele. Esteve no Brasil em 1981, saudável mas infeliz. Quatro meses depois, um telegrama do marido comunicou sua morte súbita ocorrida em 12 de fevereiro de 1982, no Cairo, Egito, aos 50 anos de idade, em misteriosas circunstâncias nunca totalmente esclarecidas.
Em 2006, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, por meio da Coleção Aplauso, lançou sua biografia, Marisa Prado: a estrela, o mistério, de autoria de Luiz Carlos Lisboa.
1963 – No temas a la ley (Flora)
1963 – Aquí está tu enamorado
1962 – Los Secretos del sexo débil
1962 – ¡Que padre tan padre!
1961 – Pupilas do Senhor Reitor
1960 – Una Chica de Chicago
1960 – Nada menos que un arkángel
1959 – El Traje de oro
1959 – Vida sin risas
1959 – María de la O
1959 – La Rebelión de los adolescentes
1956 – Tarde de toros (Isabel)
1955 :: Orgulho
1954 :: Candinho (Filoca)
1953 :: O Cangaceiro (Olívia)
1952 :: Terra é Sempre Terra (Lina)
1951 :: Tico-Tico no Fubá (Durvalina)
1955 – Orgullo (Espanha); Tarde de Touros (Tarde de Toros) (Espanha); 1959 – La Rebelión de Los Adolescentes (México); María de La O (Espanha); Vida Sin Risas (Espanha); 1960 – El Traje de Oro (Espanha); Nada Menos Que Un Arkángel (Espanha); Una Chica de Chicago (Espanha/ Cuba); Mundo, Demonio Y Carne (México); As Pupilas do Senhor Reitor (Portugal/Brasil); 1961 – Que Padre Tan Padre! (México); Vida Sin Risas (Espanha); 1962 – Los Secretos Del Sexo Débil (México); 1963 – Aqui Está Tu Enamorado (México); No Temas a La Ley (Espanha/França); Plaza de Oriente (Espanha); No Cuelgues por Favor (Espanha/França)
1951 :: Prêmio Saci de Melhor Atriz pelo filme Terra é Sempre Terra.
Fontes de Referência
Livros:
LISBOA, Luiz Carlos. Marisa Prado: a estrela, o mistério. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.
SILVA NETO, Antonio Leão da. Astros e estrelas do cinema brasileiro. 2. ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
Internet:
HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO. Marisa Prado. Disponível no endereço: http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/marisa-prado/
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