Renata Jesion
Renata Jesion é uma atriz, cineasta, diretora de teatro e autora brasileira nascida no dia 09 de dezembro de 1967.
Iniciou sua carreira em 1992 com o diretor Antunes Filho, no Centro de Pesquisa Teatral (CPT). Lá, teve experiência como atriz, preparadora de corpo, voz e interpretação e, por fim, assistente de direção. Atuou nos espetáculos Macbeth – Trono de Sangue, Nova Velha Estória – Chapeuzinho Vermelho e Vereda da Salvação.
Em 1997, saiu do CPT e fundou com o dramaturgo Dionísio Neto a Companhia Fenômenos Extremo-nos. Baseando seus trabalhos numa estética pós-moderna colando referências pop e assumindo um tom performático em suas apresentações, a companhia propôs experimentações que renovaram o teatro naquele período. A companhia teve uma estreia marcante com o espetáculo Perpétua (1997), escrito especialmente para ela. A direção foi de Leonardo Medeiros com figurinos de Alexandre Herchcovitch e música de Arrigo Barnabé.
A seguir vieram os espetáculos Opus Profundum (1998), dirigido por Dionísio Neto, e Desembesttai (1999), dirigido por Leonardo Medeiros.
Em 1998, Renata entrou para a Cia de Ópera Seca, de Gerald Thomas Sievers, onde atuou em Nowhere Man (1996), Os Reis do Iê, Iê, Iê (1997), e Cão Andaluz (1998). Foi com Nowhere Man que a Cia viajou para diversos festivais, dentre eles o Eurokaz, na Croácia – Zagreb.
Seus primeiros trabalhos de direção e autoria incluem Gedichte (1997), Red Light Babel Brasil, Vida de Lavadeira (1999) e Lig-Lubaa (autoria de Heloisa Pait) (1999).
Em 1999, iniciou uma nova fase, onde se concentrou num longo projeto pessoal, resultante de uma necessidade de refletir sobre sua existência e a de sua família. Escreveu e protagonizou a peça 121.023 J, inspirado na vida de seu pai, que foi sobrevivente de quatro campos de concentração durante a Segunda Gurra. Apesar da aparente temática judaica, o espetáculo universaliza a questão ao abordar o drama daqueles que simplesmente “eram diferentes”. A Direção coube a Ariela Goldmann em 13 de outubro de 2004, diretora de Novas Diretrizes em Tempos de Paz. A peça 121.023 J, devido ao sucesso de publico e critica, teve uma carreira significativa durante 5 anos. Fez inúmeras temporadas em São Paulo, e se apresentou em diversos estados do País. A extensão deste projeto termina no curta-metragem As Manhãs de Majer, também baseado nos relatos de seu pai, um polonês que escolheu o Brasil para recomeçar a sua vida, pós guerra. As Manhãs de Majer, apesar de ser considerado um projeto de baixo orçamento, neste momento ainda aguarda financiamento para finalização e distribuição para ser exibido em breve.
Em 2005, protagonizou o espetáculo Top Girls, texto de Caryl Church, com direção de Rogério Martins.
Em 2008, escreveu a peça Que Horas São?!.
No Cinema, Renata começou roteirizando, produzindo e atuando seus próprios curtas, como Antúrios (1995) e Factício (1999), com participações de Roberto Áudio e outros integrantes do CPT.
Participou do longa-metragem Olga (2004), dirigido por Jayme Monjardim, no segundo papel feminino, Sabo, a melhor amiga de Olga.
Em 2006, teve uma participação marcante na novela Belíssima, de Sílvio de Abreu, onde fez o papel da vilã “Dalva”.
Fez uma participação no Longa-metragem (com produção Sino-Brasileira), Plastic City – Cidade de Plástico (2008), dirigido por Nelson Yu Lik-wai.
Em 2011, co-dirigiu e atuou no curta As Aparências Enganam, ganhando o prêmio de melhor filme no Festival Celucine de curtas para exibição em celulares. Atou no longa-metragem Super Nada, de Rubens Rewald, e na série “Destino São Paulo – O Noivo do Filho”, da HBO, com direção de Fabio Mendonça.
Em 2017, atuou na série Crime Time, da Amazon Prime Video.
Em 2018, protagonizou o curta Ana, de Manuela Berlanga, pelo qual foi indicada a melhor atriz no Festival Cine Tamoio e levou o prêmio de melhor atriz no 3º Festival de Cinema de Muriaé. No mesmo ano, passou a contribuir com o Coletivo Oriente-se, onde dirigiu o curta A Caixa, vencedor dos prêmios Silver Award – Best Crime Short no IMDB Independent Shorts Awards 2018 e Melhor Direção no 2º Festival de Cinema de Muriaé 2018. Dirigiu ainda para o coletivo os curta metragens A Conta-Gotas, Namidah, Post it e Surpresas.
No mesmo ano atuou nos longa-metragens O Clube dos Anjos, de Angelo Delfant; Segundo Tempo, do diretor Rubens Rewald e Selvagem, do diretor Diego da Costa, que ganhou o prêmio de Melhor Filme do Júri Popular do 14º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo e Melhor Longa Metragem no 42º Festival Guarnicê de Cinema.
Em 2019, atuou em Encarcerados (documentário da Série Carcereiros, da Rede Globo), de Fernando Grostein de Andrade, Pedro Bial e Claudia Calabi.
:: Filmografia como Diretora ::
:: A Conta-Gotas
:: Namidah
:: Post it
:: Surpresas
2018 :: A Caixa
2011 :: As Aparências Enganam
:: Filmografia como Atriz ::
2018 :: Ana
:: Selvagem
:: Segundo Tempo
:: O Clube dos Anjos
2011 :: Super Nada
2011 :: As Aparências Enganam
2008 :: Plastic City – Cidade de Plástico
2004 :: Olga
1999 :: Factício
1995 :: Antúrios
Livros:
Internet:
HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO. Renata Jesion. Disponível no endereço: http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/renata-jesion/
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