Um Apólogo – Machado de Assis (1839-1939) (1939)
Dados da vida e da obra de Machado de Assis com diferentes ângulos de uma imagem fixa do Morro do Livramento. As fachadas das casas, transeuntes passam pelas ruas, crianças correm e brincam. O edifício da Academia Brasileira de Letras. A estátua de Machado de Assis e seu gabinete na Academia. Cada romance é ilustrado por um desenho. Lúcia Miguel Pereira inicia a leitura de Um apólogo. Costureira conversa com a patroa os detalhes do modelo do vestido a ser confeccionado. Enquanto isso, dentro da caixa de costura, a agulha e a linha iniciam uma discussão sobre a importância de cada uma. A costureira retorna para continuar o trabalho. Coloca a linha na agulha e termina o vestido. Feliz com a roupa, a baronesa dança. Triste na caixa de costura, a agulha lamenta, enquanto o alfinete a ironiza. Lucia Miguel-Pereira retorna e lê as últimas frases do conto.
Em síntese, trata-se de filme sobre a biografia de Machado de Assis seguida de uma encenação na qual um carretel de linha e uma agulha brigam por vaidades numa caixa de costura.
Este filme foi produzido pelo INCE (Instituto Nacional de Cinema Educativo), órgão financiado pelo governo de Getúlio Vargas, visava levar a educação aos lugares mais recônditos do Brasil. Roquette-Pinto foi o idealizador e responsável pela criação do Instituto, criado em 1936 e que teve a maior parte dos seus filmes dirigidos pelo mineiro Humberto Mauro.
De 1936 a 1966, o instituto produziu curtas e médias metragens voltados para educação popular e divulgação de ciência e tecnologia. A exibição dos seus filmes era realizada em escolas, instituições culturais e nos cinemas, antes da projeção de longas metragens do circuito comercial.
Grace Moema
Júlia Dias
Déa Selva
Nelma Costa
Darcy Cazarré
Lucia Miguel Pereira …. Locução
Edgard Roquette-Pinto …. Narração
Por trás dos filmes, além dos atores, dos figurinos, das câmeras, da arte, do som e de outros elementos mais facilmente perceptíveis na construção qualquer longa metragem, há também um verdadeiro exército de profissionais dedicados a viabilizar cada detalhe do intrincado quebra-cabeça artístico, operacional, logístico e financeiro da produção audiovisual.
Veja logo abaixo a equipe técnica de Um Apólogo – Machado de Assis (1839-1939) que o portal História do Cinema Brasileiro pesquisou e agora disponibiliza aqui para você:
Direção: Humberto Mauro e Edgard Roquette-Pinto
Autoria do texto de locução: Lúcia Miguel Pereira
Estória Baseada em apólogo homônimo de Machado de Assis
Direção de Fotografia: Manoel P. Ribeiro
Cenografia: Hypolito Collomb
Figurinos: Beatriz Roquette-Pinto Bojunga
Montagem: Manoel P. Ribeiro e H. Collomb
Letreiros: Santa Rosa
Música: J. Octaviano
Companhias Produtora: Ministério da Educação e Cultura | INCE – Instituto Nacional de Cinema Educativo
Companhia Distribuidora: INCE – Instituto Nacional de Cinema Educativo
Partitura musical: J. Octaviano
Curta-metragem / Sonoro / Ficção | 35mm, COR, 15min, 440m, 24q
Fontes utilizadas:
CB/Transcrição de letreiros-Cat
Embrafilme/CMHM
CENS/DOU
CRRS/INCE
AV/HM
Fontes consultadas:
JIMS/OESP I
MAM/Retrospectiva Humberto Mauro
FCB/FF
FCB LOTE 2/FF
INC/CESD
ACPJ/75
ACPJ/CB: 1906-1929
ACPJ/CB (doc) v. II
ACPJ/CB (doc) v. III
Cinearte, 01.08.1939
Cinemateca Brasileira
CB/Documentação Diversa, APL-R/361, Catálogo de filmes de 16mm silenciosos e sonoros para distribuição pelo Serviço de Empréstimos do INCE, p. 25.
Livros:
Internet:
HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO. Um Apólogo – Machado de Assis (1839-1939). Disponível no endereço: http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/um-apologo/
Observações:
CB/Transcrição de letreiros apresenta nos letreiros iniciais: “MACHADO DE ASSIS – 1839-1939”.
Embrafilme/CMHM apresenta Graça Moema e não Grace Moema.
FCB/FF acrescenta ao elenco Nelson de Oliveira e indica Hypolito Collomb como coordenador.
FCB LOTE 2/FF indica Hypolito Collomb como montador e figurinos de Santa Rosa.
A Cinearte de 01.08.1939 informa que o filme é uma produção do INCE em comemoração ao centenário de Machado de Assis.